'Perdi um filho'. Essa é a frase que resume o sentimento de tristeza da aposentada Elizete Farias Carmona, de 71 anos, depois da morte do macaco-prego Chico na tarde desta sexta-feira (7), a caminho do veterinário, em São Carlos (SP). A relação de 38 anos, considerada de mãe e filho, ficou conhecida em todo país e gerou repercussão internacional quando ele foi retirado da dona pela Polícia Militar Ambiental, após uma denúncia. Eles ficaram separados durante 16 dias e uma liminar da Justiça obrigou o retorno do animal para Elizete, que adequou a casa para continuar com ele.
Ainda inconsolável, a aposentada recebeu a reportagem do G1 na calçada em frente à sua casa. (Confira o vídeo abaixo). De acordo Elizete, Chico ficou doente há dois dias e foi levado ao veterinário na quinta-feira (6). "Estava bem e ficou meio desanimado e amuado", disse. Na manhã desta sexta, ela levou ao retorno e ele medicado. "Ele pediu para voltar 17h30. No caminho, ele olhou para mim e deu um suspiro. Ele morreu no meu peito", disse emocionada.
A aposentada não conteve o desespero e chorou muito. "O veterinário disse que ele tinha ido embora mesmo. Ele estava bonito, gordinho. Eu achava que iria morrer antes dele. No fim eu fiquei e ele foi", lamentou.
O corpo de Chico ficou no consultório veterinário e deve passar por necrópsia, que vai apontar a causa da morte. Elizete afirmou que quer enterrar o 'filho' no 'Recanto do Chico', local criado para que o animal pudesse retornar para a dona. "Ele foi muito amado. Nem quero ir no cantinho dele, porque me faz lembrar dele", afirmou.
Ainda não há previsão para o enterro do macaco. Elizete vai para Campinas no fim de semana para fazer exames no coração e deve ficar na casa dos filhos.
O caso
O animal foi entregue à Elizete em 1976 por um caminhoneiro amigo da família. Conhecido como Chico, o bicho foi retirado pela Polícia Militar Ambiental após denúncias, no dia 3 de agosto último. De acordo com a legislação, manter um animal silvestre sem a devida autorização é crime contra a fauna.
A separação do bicho da dona, divulgada peloG1, ganhou repercussão internacional e internautas mobilizaram dois abaixo-assinados na web que pediam a volta da macaca. Os documentos on-line reuniram mais de 18 mil assinaturas. O caso foi divulgado no site do jornal norte-americano "The Washington Post", na BBC, Fox News, entre outros. A história também foi capa da revista Terra da Gente, do grupo EPTV, no mês de outubro.
A separação do bicho da dona, divulgada peloG1, ganhou repercussão internacional e internautas mobilizaram dois abaixo-assinados na web que pediam a volta da macaca. Os documentos on-line reuniram mais de 18 mil assinaturas. O caso foi divulgado no site do jornal norte-americano "The Washington Post", na BBC, Fox News, entre outros. A história também foi capa da revista Terra da Gente, do grupo EPTV, no mês de outubro.
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